sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fraude no seguro-defeso é investigada, compra de votos na cara de pau mesmo !!

Fraude no seguro-defeso é investigada, até "mortos" estavam recebendo o seguro.


Edição de 28/10/2010(o liberal)
MANDADOS - MPF vasculhou escritórios de políticos e sedes de duas instituições


O Ministério Público Federal (MPF), a Controladoria Geral da União (CGU) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) executaram ontem, oito dos 10 mandados de busca e apreensão expedidos pelo juiz Rubens Rollo de Oliveira, da 3ª Vara da Justiça Federal. A operação faz parte das investigações sobre fraudes no seguro-defeso. Ao todo, foram vasculhados nove endereços na capital paraense. Não houve nenhum pedido de prisão.

As investigações foram iniciadas depois que a CGU descobriu que o número de concessões dos benefícios nos últimos anos, que deveriam ser destinadas aos pescadores, cresceu consideravelmente sem que houvesse mudança na produção pesqueira no Estado. Em agosto 2010, por exemplo, houve um aumento de 1.414% em relação a agosto de 2008. A suspeita é de que as concessões tenham sido feitas para fins eleitorais.

A operação realizada ontem de manhã constatou que, nas últimas duas gestões na Superintendência da Pesca, ao menos 12 pessoas sem nenhum tipo de vínculo com o serviço público tinham senhas e eram autorizadas a fazer os trâmites internos para concessão dos benefícios. Foram vasculhados escritórios de políticos e sedes da Secretaria Federal da Pesca e Aquicultura e da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. As equipes foram compostas de procuradores da República, oficiais de Justiça, servidores da CGU e policiais rodoviários.


Segundo dados do ministério, o Pará é o estado que mais apresenta irregularidades. Cerca de 10 mil inscritos como pescadores estão exercendo outras atividades profissionais. Existem ainda no Pará casos de óbito sem baixa do registro, que podem chegar a 3.500 pessoas. O vínculo empregatício fora da atividade pesqueira totaliza 48 mil casos. Foi constatada existência de beneficiários da Previdência impedidos de exercer atividades profissionais (idosos e deficientes) registrados como pescadores. Esses casos chegariam a cerca de 16 mil.

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